Os dias estão corridos: preparativos finais para a viagem; ajeitar a casa para a amiga que vai ficar hospedada enquanto não estamos; a lida diária, pois o mundo não para enquanto isso; sete cachorrinhos, maltratados e abandonados, na porta de minha casa, precisando de um novo lar; e eu no meio do furacão tentado escolher entre surtar ou repetir o mantra: vai passar.
Escolhi o mantra.
Com isso, não deu tempo de contar como foi o nosso final de semana passado. Começamos bem, já na sexta feira, quando fomos numa reunião dos Curitigrinos.
Para quem não conhece, este é um grupo delicioso que tem aqui em Curitiba para auxiliar quem está a se preparar para fazer o Caminho de Santiago. Desde que os conheci virei fã. São peregrinos a dar dicas e auxílio àqueles que, assim como eu, um dia tomou coragem e disse: vou. O clima dessas reuniões é como nos Albergues: nunca fomos apresentados, mas, nos conhecemos desde sempre.
Pois bem. Levei Theo para conhecer um pouco mais sobre o Caminho de Santiago antes de ir. E foi muito bom. Ele se mostrou interessado e extremamente participativo - pelo menos até o sono bater e começar a quase dormir sentado. Lá também fizemos uma coisa muito importante. Talvez a mais importante antes de começar um Caminho: pegamos a nossa Credencial do Peregrino!!!!
Agora sim, podemos começar!
Isso foi na sexta feira. Sábado tivemos um dia para o descanso, porque domingo era dia de treino.
Os Curitigrinos, além de ajudar com palestras, organizam caminhadas para quem quer treinar andar alguns quilomêtros. E domingo, dia 13 de Setembro, foi dia de comemorar os 11 anos de fundação (19 de Setembro) e andar aproximadamente 14 km entre dois parques daqui de Curitiba - começamos no Barigui, fomos até o Tingui e voltamos ao Barigui. Confesso que forcei um pouco a barra com o Theo e andamos num ritmo um pouco acima do que será o nosso ritmo diário no Caminho, mas eu queria sentir como ele ficaria após um dia intenso de caminhada. E, para a minha surpresa, passado o mal humor ocasionado por falta de comida - acordamos muito cedo e pouco comemos durante o caminhar -, passado o mau humor, ele estava novo e pronto para outra. Tanto que passou o resto do dia a andar de bicicleta sem reclamar de dores. Na segunda feira tive o receio de que ele iria sentir dores ou cansaço extremo - eu senti... -, mas ele me surpreendeu mostrando-se mais animado do que o usual para ir à escola.
Enfim, foi uma experiência nova que pode me dar mostras do que nos espera nos Caminhos d'além mar. Valeu a pena. Falta bem pouco agora.
Que delícia, Suzana, poder acompanhar os preparativos!
ResponderExcluirSuzana, boa sorte para vocês! E come bastante "pulpo" pelo caminho :-). Passei seu blog pra Ana tb. Que idéia mais legal! beijos
ResponderExcluir